Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 09/03/2010 15h36

Bate-bola: Fause Faker

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Fause Faker

A história do futsal em Mato Grosso do Sul se confunde com a de Fause Faker, técnico dos times femininos de futsal do Colégio ABC e conhecido por revelar grandes craques para o futebol, caso do volante Jean, hoje no São Paulo, que competia pelo ABC.

Com passagens por diversos colégios da Capital e com vários títulos, o douradense conta sobre seu relacionamento com a modalidade e afirma: "A federação é limitada".

Esporte Ágil - Como é sua história com o futsal aqui no Estado?
Fause Faker - Nasci e me criei em Dourados. Lá jogava futebol de campo, no Ubiratan e no Operário, depois parei. Fui treinar salão na AABB, que considero a minha segunda casa. No Clube Indaiá, que foi o auge do futsal de Dourados, revelamos vários talentos de alto nível, de seleção brasileira e italiana, como nos casos do Euller e do Deco. Depois vim para Campo Grande, a convite do Herculano Borges, para ir para o ABC. Estou lá até hoje, agora no futsal feminino. É uma parceria muito boa, na qual fazemos também um programa social com várias empresas, dando bolsas para as atletas. Lá surgiram nomes como Juliana, Jéssica, Amanda, Carol, Patrícia... Aproveitando esta oportunidade que vocês estão me dando, queria que mais empresas nos ajudassem não só os colégio particulares, mas também do Estado. Não podemos viver só do governo.

EA - A Federação tem feito seu papel junto ao futsal?
FF - A nossa federação é limitada. Com o incentivo do Renê [Martinez, presidente da federação], junto com os esforços das empresas, acho que nosso salão estaria um pouco acima dos outros.

EA - Você acha que seria viável o Estado concentrar esforços para montar uma equipe para disputar uma Superliga?
FF - Já houve a CEI. Era gostoso ir no Dom Bosco e ver aquele ginásio lotado, mas isso acabou. Nós temos que ter uma liga aqui, seja salão ou voleibol, feminino ou masculino. Você vê o futebol de campo, o Santos com a Marta, lotou o estádio. Acho que falta um pouco de incentivo.

EA - A falta de apoio é maior no setor público ou privado?
FF - Os dois. Não vou jogar só em cima deles. Todos têm que sentar com os professores, que as vezes nem são ouvidos. Eu falo isso pois sofri muito em colégio do Estado e do município. O colégio particular leva vantagem. Você vê nos Jogos Escolares, só dá colégio particular. Os diretores dão bolsas ainda.

EA - Com tantos anos de experiência, como você avalia o futsal hoje em Mato Grosso do Sul?
FF - Em 2009 foi bom. Teve jogos da Federação, Jogos Escolares, Jogos Abertos... Se houver a programação de 2009, com mais incentivo, estaremos no caminho certo. Precisávamos de uma equipe na Liga, seja em qualquer modalidade.

EA - Ano passado a Seleção Brasileira realizou um jogo aqui no Guanandizão. Isso incentiva ainda mais os atletas do Estado?
FF - Incentiva. Não é só assistir os jogos, tinha que ter um intercâmbio. Que viesse alguém para dar curso para os atletas menores.

EA - A Fundesporte e a Funesp tem apoiado o futsal aqui?
FF - A Funesp tem o FAE, que incentiva os atletas. Eu dou parabéns a Funesp e a Fundesporte. Eu acredito muito no Estado.

EA - Você acha que é importante um professor de futsal ser formado em educação física?
FF - Isso é essencial. Eu não julgo os que não são formados. O sol nasceu pra todos. Quando eu me formei, eu saí de Dourados para me formar em Londrina. Quando saí da UEL, saiu o curso na UFMS. Se já tivesse aqui, eu teria me formado aqui com certeza.

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