Bate-Bola | Jeozadaque Garcia/Da redação | 14/06/2010 18h22

Bate-bola: Gal. Lima e Cel. Marchetti

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Cel. Marchetti e Gal. Lima: Meta é expandir o hipismo através das escolinhas em Mato Grosso do Sul. Cel. Marchetti e Gal. Lima: Meta é expandir o hipismo através das escolinhas em Mato Grosso do Sul. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia)

Lima e Marchetti

No mês de maio, o Esporte Ágil recebeu a visita da nova diretoria da Federação Sul-mato-grossense de Hipismo. General Lima (presidente) e Coronel Marchetti (vice) falaram sobre o novo desafio de comandar a modalidade em Mato Grosso do Sul. A nova presidência assumiu em março deste ano.

No Bate-bola, eles falam dos planos para o restante deste ano, sobre a situação do hipismo e afirmam que a melhor forma de expandir a modalidade em Mato Grosso do Sul é através das escolinhas.

Esporte Ágil - Quando começou a praticar hipismo?
General Lima - Meu interesse surgiu desde quando era aluno do Colégio Militar, no Rio de Janeiro, em 1955. Quando fui para a Academia Militar, continuei a praticar. De lá, vim para Bela Vista, em 1960, já Oficial. A partir daí, juntamente com minha vida profissional, sempre fui ligado ao esporte, principalmente no hipismo, saltando e jogando pólo.

Esporte Ágil - Suas maiores conquistas foram no pólo, certo?
General Lima - Foram no pólo, até pelo tempo, pois a prioridade é a vida profissional. Esse esporte não se improvisa. Você tem que trabalhar, treinar o cavalo. A partir de Capitão eu tive que optar. Parei com o salto e fiquei só no pólo, onde disputei vários campeonatos do exército.

Esporte Ágil - Como surgiu a idéia de concorrer a presidência da Federação?
Coronel Marchetti - Foi um consenso da diretoria anterior. Da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, onde estão sediadas todas as unidades militares que apoiam o hipismo em Mato Grosso do Sul. Houve um convite para o General  compusesse uma chapa.

Esporte Ágil - Então não houve eleição?
General Lima - Houve eleição, como prevê o estatuto, mas com uma chapa única. Praticamente uma aclamação. Como disse o Coronel, o presidente anterior Kléber Sampaio não quis continuar, e nós fomos convidados. Eu assumiria se houvesse um consenso. Se houvesse outra chapa, eu não concorreria.

Esporte Ágil - Quais cidades se destacam no hipismo aqui no Estado?
General Lima - Logicamente Campo Grande e Dourados, pelo maior número de praticantes. Campo Grande tem maior número de civis praticando em um elevado nível. Dourados está com um bom centro hípico. E depois as cidades menores que se destacam, como Bela Vista, Ponta Porã e Amambai.

Esporte Ágil - Ano passado, Dourados recebeu o Concurso Nacional de Salto. O que os cavaleiros de Mato Grosso do Sul tiraram desse evento?
General Lima - Foi muito bom devido à experiência que eles adquirem participando e competindo com cavaleiros de nível nacional e internacional. Tivemos cavaleiros ainda de vários estados brasileiros, dentre eles um de nome internacional, que foi o César Almeida, campeão Pan-Americano. Transmite para nós sua experiência. Ele mesmo já deu clínica de hipismo aqui em Campo Grande. Ele gostou muito daqui, é ex-aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro. Isso foi muito bom para nossos participantes.

Esporte Ágil - Coronel, no quesito apoio, como a Federação está se organizando com a Funesp e Fundesporte?
Coronel Marchetti - Com relação a essas duas instituições, estamos elaborando os projetos para obtenção do apoio. Até o momento, não tivemos nenhum apoio pois não entramos com os projetos. Obtivemos até então o apoio de empresas civis, que não deixaram de apoiar, caso do Banco do Brasil, entidade que tradicionalmente apoia o hipismo.

Esporte Ágil - Três cavaleiros do Estado estão pré-selecionados para a disputa dos Jogos Mundiais. Em sua opinião, esses cavaleiros têm chance de medalha?
General Lima - Tem chances sim, pois todos três têm resultados que os credenciam. Entretanto, dos 12 pré-selecionados, os conjuntos estão em muito boa forma. Tudo depende dos resultados que eles apresentarem até o ano que vem.  O que interessante é que formemos uma equipe bastante forte para disputar esse torneio, já que há dois anos, no Mundial das Forças Armadas, o Brasil foi campeão no Rio Grande do Sul.

Esporte Ágil - Como o senhor avalia o hipismo hoje em Mato Grosso do Sul?
General Lima - Desenvolveu muito. Quando eu vim pra cá, em 1960, o hipismo se restringia às organizações militar. Esse trabalho foi atraindo alguns civis ligados ao cavalo, para a prática do salto, que não era muito praticado por aqui. E foram ali se apresentando cavaleiros novos, que começaram nas escolas militares. Temos um exemplo de um campeão brasileiro, que hoje está nos Estados Unidos, que é o Sérgio Dias Campos Filho. Começou montando aqui, nas nossas organizações. Hoje, temos cavaleiros e amazonas participando de torneios em âmbito nacional e trazendo excelentes resultados para nosso Estado.

Esporte Ágil - Quantos cavaleiros e amazonas são ligados à Federação? A maioria ainda é militar?
Coronel Marchetti - Não é difícil fazer esse levantamento. Vamos considerar cavaleiros e amazonas desde a fase escola, até o mais alto militar. No último torneio, a etapa da Copa Guaicurus teve 240 conjuntos: 80 militares e 160 civis. Acresce-se a isso todos aqueles conjuntos da pré-escola, que ainda não está competindo. Soma-se mais uns 200. Temos no mínimo uns 600 praticantes, desde a escolinha até o adulto.

Esporte Ágil - Como a nova presidência pretende trabalhar para expandir o hipismo em Mato Grosso do Sul?
General Lima - Isso é um trabalho realizado mais pelas entidades. A Federação apoia mas é importante que cada entidade filiada possibilite nas escolinhas. O hipismo tem espaço pra todos. Aquele que quer só aprender a montar, aquele que quer saltar pra se divertir e aquele que quer competir. Então esse que quer só aprender a montar, para que ele se motive, ele começa do zero. Não precisa ter cavalo, pois as escolinhas dão, não precisa ter material. Então, é preciso apenas que ele possa pagar uma mensalidade pequena para os gastos normais, como existe em outros esportes.

Esporte Ágil - Há muitas crianças montando hoje no Estado?
General Lima - Bastante. Eu vou lhe dar um exemplo. Na escolinha do Círculo Militar tem mais de 100. Aqui em Campo Grande e nas outras cidades, todas têm escolinha. Sem medo de errar, poderemos ter de 200 a 250 crianças praticando o hipismo. Esses serão os grandes cavaleiros do futuro.

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