Bate-Bola | Da redação | 11/01/2010 17h14

Bate-bola: Vanderlei Cabeludo

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Parlamentar considera muito tímida a ajuda que a Funesp e a Fundesporte dão às federações. (Foto: Foto: Jeozadaque Garcia/Esporte Ágil)

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Vanderlei Cabeludo

Natural de Fátima do Sul, Vanderlei Cabeludo é considerado um dos parlamentares da "bancada esportiva" da Câmara Municipal de Campo Grande. Foi um dos primeiros a cogitar a hipótese de Campo Grande ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014.

No Bate-bola, fala sobre o início de se interesse pelos esportes, ainda em Fátima do Sul, e sobre como Mato Grosso do Sul poderia aproveitar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para alavancar o esporte.

Esporte Ágil - Como surgiu seu interesse pelos esportes?
Vanderlei Cabeludo - Começou em Fátima do Sul, fui vereador duas vezes lá. Nasci no esporte, como todo guri, jogando bola, corintiano nato. Lá eu fiz a primeira Copa Vanderlei Cabeludo, segunda Copa, terceira, quarta, quinta... Depois vim pra Campo Grande. O esporte é uma coisa que eu admiro e gosto. O esporte hoje não é só meia hora ou uma hora de um evento, é algo que mobiliza recursos para os municípios, é economicamente viável pra qualquer município.

Esporte Ágil - Você é considerado um dos vereadores da "bancada esportiva". O que você fez esse ano pelo esporte em Campo Grande?
Vanderlei Cabeludo - Um dos maiores projetos foi me envolver em trazer a Copa do Mundo pra cá. Eu tenho certeza que seria uma das vias para podermos fazer com que o nosso esporte, principalmente o futebol, desse uma arrancada, pois está adormecido há muitos anos. Depois que isso aconteceu, sinceramente eu dei uma quietada pois fiquei muito decepcionado por perder pra Cuiabá. Até hoje não admito isso, acho que foi uma grande arrumação.

Esporte Ágil - E como você avalia o esporte no geral hoje em Mato Grosso do Sul?
Vanderlei Cabeludo - Está muito aquém. Nosso estado tem um povo maravilhoso, esportistas e talentos, que mandamos pro Brasil inteiro. Deveria ter investimentos, tanto da iniciativa privada e do poder público. A iniciativa privada deveria repensar e ver que o esporte é um caminho de fazer investimentos, vender, "propagandar" sua empresa.

Esporte Ágil - Você falou do poder público. Acha que o FAE hoje é suficiente?
Vanderlei Cabeludo - Não é. Tem que se juntar e dar as mãos e ver um meio para poder colaborar melhorar e não só ficar sendo paternalista, mas dar essa arrancada pra valer para que depois o esporte se segure. Tivemos no passado, gente que brincou com o esporte, com os recursos. Hoje, é cabeça nova, e tem consciência de que se não administrar bem, será por poucos dias. Com essa consciência, vamos chegar onde é merecido o esporte de Mato Grosso do Sul.

Esporte Ágil - Você acha que a Funesp e a Fundesporte têm atuado bem junto às federações?
Vanderlei Cabeludo - Não vou dizer se tem atuado bem, pra falar a verdade eu não acompanho dia após dia, eu vejo meio de longe. Eu só acho que a forma de dar essa ajuda, além de ser muito tímida, ela talvez seja... não é mal colocada... mas é muito tímida. Eu acho muito tímida.

Esporte Ágil - E você tem algum projeto para alavancar o esporte local em 2010?
Vanderlei Cabeludo - Sem dúvida nenhuma. Tenho uns projetos aí. Tem que beneficiar no geral. Hoje, temos um Campeonato Estadual bacana, que envolve as cidades. Os times hoje preferem jogar no Interior do que na Capital. Esse projeto que estamos elaborando, vamos apresentar para os governantes e os esportistas, se dar as mãos e fazer com que leve gente para os estádios. Incentivar os esportistas daqui.

Esporte Ágil - De que forma Mato Grosso do Sul pode aproveitar as Olimpíadas de 2016?
Vanderlei Cabeludo - Eu vou falar primeiro na Copa do Mundo de 2014. Acho que, mesmo Cuiabá sendo a sede, nós vamos ser beneficiados. O mundo inteiro, quando vier para Mato Grosso, vai ver que Mato Grosso do Sul é que tem 65% do Pantanal, ele vai ficar encantado com nossa cidade. Se nós soubermos trabalhar, vamos ser muito favorecidos com a Copa do Mundo. E nas Olimpíadas de 2016, é investimento. Isso começa dentro de casa. Se o poder público investir, vamos ter grandes talentos em 2016. E tendo o nome do Estado divulgado lá fora, você só traz coisas positivas pra cá. Investindo, vai colher os frutos em 2016 sem dúvida nenhuma.

Esporte Ágil - Você acha que os parques e ginásios de Campo Grande são bem aproveitados?
Vanderlei Cabeludo - Não são bem aproveitados. Isso é uma das coisas que precisa ter planejamento. Tem lugares aí que, por vários motivos, estão adormecido. Tenho certeza que se fosse planejado para aproveitar esses espaços, seria de uma valia enorme para nossa juventude.

Esporte Ágil - Na sua opinião, seria viável para Mato Grosso do Sul ter uma equipe disputando grandes torneios, como por exemplo a Superliga de Vôlei ou uma NBB?
Vanderlei Cabeludo - Sem dúvida nenhuma. Temos talentos aí, vários talentos. Querer é poder. Tem que ter o apoio do poder público e da iniciativa privada. Se você conseguir dar as mãos com todos, com certeza. É uma forma de divulgar o Estado. Tem que começar. Eu sou favorável, defendo e estou a disposição pra fazer parte de um projeto como esse.

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