Bate-Bola | Da redação | 07/11/2017 08h56

Henrique Muhr

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Presidente da ABV-MS carrega e missão de difundir o basquete aos que, após os 30, pensam não ter mais idade para jogar.

Ele foi praticante de atletismo, handebol e, desde os nove anos, se dedica ao basquete. O empresário Henrique Ricardo Muhr, de 47 anos, preside a ABV-MS (Associação de Basquetebol Veterano de Mato Grosso do Sul) desde 2014 e carrega e missão de difundir a modalidade aos praticantes que, após os 30, pensam não ter mais idade para estarem em quadra.

“Antes da ABV, o basquetebol veterano era praticamente inexistente. Tinha campeonatos adultos, mas que quem já estava na idade do máster, não jogava mais. Depois, criou-se a entidade, que converge os atletas na idade de máster a participar e interligar a outras associações, países e estados. Não tem fim, você pratica até o dia que estiver em quadra. Tem categorias até de 80 anos acima. O esporte que você ama está com você até o fim da vida”, afirma, em entrevista ao Esporte Ágil.

Referência no basquetebol de veteranos de Mato Grosso do Sul, a ABV-MS foi fundada há 15 anos por um grupo de apaixonados pelo basquete. Completou, no último dia 20 de outubro, 15 anos de existência. Com 35 associados, além de amigos praticantes, e equipes formadas em sete categorias do basquete máster, nos naipes masculino e feminino, a agremiação colhe os frutos de uma trajetória de sucesso dentro e fora das quadras.

A ABV-MS tem três encontros semanais: às segundas, das 20h às 22h, às quartas, das 19h30 às 21h30, e aos sábados, das 16h às 18h. “Somos uma entidade oficial do basquete, temos CNPJ, mensalidade, e sempre estamos de portas abertas aos veteranos que queiram conhecer nossa associação. Entrem em contato e venham fazer um test-drive conosco”,convida o presidente.

Confira a entrevista:

Como começou seu interesse pelos esportes e, em especial, pelo basquete?
Comecei bem cedo, aos sete anos, na primeira série. Pratiquei atletismo inicialmente, 100m, depois 110m com barreira, salto triplo, em distância, em altura. Também joguei handebol e, pelos nove anos, comecei no basquete. Me apaixonei completamente, apesar de sempre ter praticado atletismo. Até hoje, há mais de 40 anos, tenho praticado. Hoje, continuo mais fã do que nunca.

E por que essa preferência pelo basquete?
Acho que foi pela cor de bola, laranja, a cesta, tabela, aro, precisão, velocidade, força e marcação, variação de jogadas. Você via na televisão aquelas jogadas maravilhosas, ponte-aérea, habilidade, drible, e isso me encantou. Não teve jeito.

E como iniciou nas equipes de base?
Comecei no Colégio Dom Bosco, onde fiz todo o primário, ginásio e colegial. Lá tinha uma questão fantástica: você poderia fazer todo e qualquer esporte. A exceção da natação, que não tinha piscina, mas até futebol de campo tinha.

Já quis atuar profissionalmente?
Achava fantástico jogar, mas meu amor pelo basquete era maior que minha qualidade. Eu sabia que tinha prazo de validade (risos), então sempre joguei no amador.

Como aconteceu a criação da ABV-MS?
Não participei da criação, somente no segundo mandato, como vice-presidente. A criação se deu pela vinda do Miguel Vicente Castro, que jogou profissionalmente no Franca, no Vasco, e esse movimento veterano já estava forte no Brasil. Aqui no Estado, não tinha, então ele já veio com essa missão. Ele fez uma reunião com alguns jogadores e se deu a fundação da ABV.

Como são divididas as categorias?
No masculino, de cinco em cinco anos. Começa com 35+, 40+, 45+, até 75+, última categoria. Já no feminino, tem o 30+, 38+, 46+, 54+ e 60+. Antes da ABV, o basquetebol veterano era praticamente inexistente. Tinha campeonatos adultos, mas que quem já estava na idade do máster, não jogava mais. Depois, criou-se a entidade, que converge os atletas na idade de máster a participar e interligar a outras associações, países e estados. Não tem fim, você pratica até o dia que estiver em quadra. Tem categorias até de 80 anos acima. O esporte que você ama está com você até o fim da vida

O que mudou no basquete veterano de Mato Grosso do Sul desde então?
No começo, o pessoal não acreditava muito. Jogavam até certa idade e, depois, parecia que não poderia mais jogar. Mas, criou-se outros grupos de veteranos, inclusive, nós, da ABV, fizemos algumas viagens estimulando a criação de grupos em Ponta Porã, Pedro Juan Caballero, Dourados, Corumbá, e também em Assunção (PY), em 2011. E, desde então, criou-se um movimento muito forte lá, e temos feito encontros desde então. Em Campo Grande existem outros grupos, mas a entidade ligada à Federação de Basquetebol Máster é a ABV-MS.

Quais as maiores conquistas da ABV-MS?
Fora da quadra, foi disseminar o movimento veterano. Inclusive, até o pessoal de Cuiabá (MT) veio fazer uma visita e, depois criaram a associação deles. Manter forte esse movimento. E, hoje trazer essa moçada que está saindo do adulto. Dentro das quadras, temos participado ativamente dos campeonatos regionais e, todo ano, enviamos equipes para o Brasileiro. Inclusive, uma atleta do feminino foi campeã Mundial com a Seleção Brasileira na Itália. Essa foi uma grande conquista.

Como está o basquete máster de Mato Grosso do Sul em relação ao restante do Brasil?
O movimento está consolidado, mas, a nível de competição, não estamos nos patamares de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Ceará. Estamos no segundo escalão, vamos dizer assim. Mas, também, devido a quantidade de praticantes. Mas, somos competitivos e participativos.

Vocês tem algum patrocínio?
Infelizmente, a categoria máster de basquete não tem patrocínio. Eu diria, não só a máster, mas todas as categorias. Cada atleta é seu próprio patrocinador. Infelizmente essa é nossa realidade. Mas, para os amantes do basquete, isso é levado no bom humor.

As disputas municipais e estaduais de veteranos, como são organizadas? Entre as associações?
Uma vez por ano, é realizado o Brasileiro, em novembro. Com dois anos de antecedência, é escolhida a cidade-sede. Esse Campeonato é realizado pela FBBM (Federação Brasileira de Basquete Máster). Em contrapartida, essas associações estaduais realizam seus campeonatos municipais, estaduais, e existem também os regionais. Cada um já tem um calendário anual. A amplitude das categorias é que modifica um pouco, mas tem campeonato o ano inteiro para quem quiser jogar.

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