Bate-Bola | Lucas Castro | 03/04/2019 08h00

José Ovidio Silva

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Novo presidente da FJMS aborda os desafios de se manter o alto nível técnico e competitivo do judô de MS, que figura entre os quatro melhores estados do país.

César Augusto Progetti Paschoal renunciou ao cardo de presidente da Federação de Judô de Mato Grosso do Sul (FJMS). A decisão foi oficializada no dia 24 de março e o anúncio foi feito pela entidade por meio das redes sociais.

Paschoal, que presidiu a FJMS durante oito anos, entre 2005 e 2013, reassumiu o cargo por aclamação em 2017. Agora, deixa a entidade por “motivos pessoais”, segundo publicação da FJMS. O 1º vice, Antonio Carlos da Rocha, também anunciou sua saída juntamente a Paschoal.

Quem assumiu, oficialmente no dia 30 de março, foi José Ovídio Duarte da Silva, Kodansha, 6º Dan. O mestre, que mora e atua em Três Lagoas, fica no cargo até março de 2021. Com 38 anos de dedicação ao judô como professor, José Ovídio revelou grandes nomes e que, atualmente, destacam-se na região do Bolsão de Mato Grosso do Sul.

Em entrevista ao Esporte Ágil, José Ovídio Duarte da Silva retrata como será a caminhada da FJMS daqui pra frente, os desafios de se manter o alto nível técnico e competitivo do judô sul-mato-grossense, que figura entre os quatro melhores estados do país na modalidade, e também fala a respeito da troca de comando, principalmente no que se refere à mudança da presidência da capital para Três Lagoas.

Confira a entrevista:

Esporte Ágil: Primeiramente, o Esporte Ágil congratula a sua assunção ao cargo de presidente. Como o senhor se sente tendo assumido agora a FJMS?

José Ovídio: O César e eu já vínhamos caminhando juntos e está sendo uma transição muito tranquila.

EA: MS está entre os quatro melhores estados do país na modalidade e tem 34 clubes, 450 faixas-pretas, 50 árbitros e, pelo menos, 4,5 mil crianças. É bastante gente. Qual a responsabilidade de assumir essa entidade esportiva, de tamanho, de peso?

JO: Todas associações, clubes que formam a Federação de Judô de Mato Grosso do Sul (FJMS) estão unidos conosco e eu quero fazer uma gestão participativa, ouvindo a todos para tomar sempre a melhor decisão ao bem do judô. Essa é uma grande Federação, logo as cobranças também são grandes, e a melhor forma de devolver a confiança de nossos filiados é trabalhar muito e mostrar resultado.

EA: O senhor fará alguma mudança, de imediato, a curto prazo? Quais são suas propostas para o futuro do Judô?

JO: Não, não haverá mudanças de imediato, mesmo porque é uma continuidade de um projeto que, juntos, Cesar e eu, iniciamos quando fomos eleitos. Vou continuar investindo na formação e capacitação de nossos professores e técnicos para continuar crescendo.

EA: O senhor se dedicou 38 anos ao judô, grande parte como técnico e professor. Qual a importância de sua experiência para a manutenção do alto nível do judô sul-mato-grossense?

JO: De fato, foram longos anos de muita dedicação ao judô. Vi e vivi muitas experiências e posso, sem dúvidas, agregar valores ao judô de nosso estado. O segredo é manter o que está dando certo e investir na melhoria do indivíduo. É trabalhar, capacitar, repassar conhecimentos a todos do nosso judô.

EA: O senhor foi o primeiro três-lagoense a receber a faixa vermelha e branca, popularmente conhecida como faixa coral. Um presidente vindo do interior do estado é um ponto positivo para incentivar a modalidade em outros municípios de MS, além da capital?

JO: Sim, fui o primeiro e é uma honra ser um Kodansha, aumenta mais ainda a reponsabilidade para com o judô. Uma de nossas metas é levar o judô a todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Para isso, vamos buscar parcerias com Prefeituras e empresas. Essas ações têm de serem planejadas, umas a curto prazo, outras a médio e longo prazo, pois cada cidade tem uma particularidade.

EA: Falando em interior, como está a modalidade por aí?

JO: Está muito bem, temos grandes professores e técnicos no interior e, por consequência, grandes judocas, com resultados bastantes expressivos. Podemos citar como exemplo a Camila Gebara, de Dourados, com várias medalhas no exterior, representando o nosso Estado e o Brasil.

EA: Tem algo a acrescentar, que acha importante e esquecemos de mencionar? Fique à vontade.

JO: Quero agradecer ao irmão César Paschoal pelo brilhante trabalho feito ao longo desses anos em que esteve à frente da nossa Federação. Crescemos muito e continuaremos crescendo. Quero agradecer também ao professor João Rocha, que sempre esteve e estará nos ajudando com sua sapiência e, claro, agradecer aos meus diretores, que aceitaram o pedido para juntos trabalharmos em prol do Judô de Mato Grosso do Sul.

Enfim, pedir ao Grande Arquiteto do Universo que nos dê sabedoria, paciência e luz para sempre tomar as melhores decisões para o bem de todos.

EA: O Esporte Ágil agradece pela entrevista e deseja sucesso na caminhada à frente da FJMS.

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