Bate-Bola | Lucas Castro e Luciano Pinheiro | 13/04/2019 14h00

Rodrigo Cascca fala ao Esporte Ágil sobre preparação do Águia Negra para final

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Técnico do rubro-negro joga o favoritismo ao adversário na final, que impôs a única derrota ao time de Rio Brilhante no Ninho da Águia

Desde 2012 sem conquistar o Campeonato Sul-Mato-Grossense, o Águia Negra chega à final em busca de seu terceiro título. A equipe já garantiu a classificação à Copa do Brasil 2020 e à Série D do Brasileirão do ano que vem. Quem possui grande influência na temporada do Águia é o seu técnico Rodrigo Cascca, 39.

Natural de Curitiba – PR, o treinador, em entrevista ao Esporte Ágil, fala sobre as partidas decisivas, expectativa sobre a próxima temporada com calendário nacional e o futebol sul-mato-grossense.

Esporte Ágil: Esperava chegar à final ou foi uma surpresa?

Rodrigo Cascca: Comecei a acreditar mais depois da nossa estreia. Iniciei com um pouco de receio, porque não conhecia muito os atletas. Depois do nosso primeiro jogo e, depois, na segunda partida, contra o campeão do ano passado, o Operário, vi que o grupo, mesmo tendo pouco tempo de trabalho, é realmente muito qualificado. Com isso, fui sonhando a cada dia com esse momento pelo qual passamos agora.

EA: O Águia Negra é favorito ao título, por ter feito melhor campanha na primeira fase? É o time a ser batido?

Rodrigo: O favoritismo começa e termina no momento em que o árbitro começa o jogo. Até ali, pelos números que conquistamos na primeira fase, vamos bem confiantes. Mas, para mim, o favoritismo é do adversário, porque foram eles que nos venceram fora de casa, a última derrota que tivemos no Ninho da Águia foi para o Aquidauanense. Se formos falar, agora, em favoritismo, enfrentaremos uma equipe que perdeu seis pontos no tribunal desportivo e, ainda assim, conseguiu se classificar e estar na final. Então, eu acho que eles vêm com força total. Isso acabou até apagando essa nossa conquista de chegar à final com mais favoritismo por ter feito uma boa primeira fase. Eles, hoje, na minha concepção, observando de fora, são totalmente favoritos ao título.

EA: O que fazer para manter o nível de concentração dos atletas?

Rodrigo: Na verdade, o que mais pedimos é concentração. [Na partida da fase classificatória] Sofremos um gol aos 47 do segundo tempo, e isso não pode acontecer. É um momento que não tem mais muito o que fazer, agora é mais na base do diálogo. Fizemos muitos jogos seguidos e é natural, até para o adversário, chegar ao extremo na parte física, com muito cansaço.

EA: O Águia está classificado para a Copa do Brasil 2019 e para a Série D do Brasileirão do ano que vem. Já existe alguma conversa com a diretoria para que você comande o time nestas competições?

Rodrigo: Por enquanto não, até porque é só ano que vem. Até lá tem muito tempo, mas tenho interesse em continuar à frente da equipe. O título do estadual pode ajudar muito nisso.

EA: E sobre a organização do campeonato, o que você achou? Você veio de um dos estados mais tradicionais do futebol brasileiro. Qual a sua opinião sobre a organização do campeonato, o regulamento e a federação?

Rodrigo: Gostei bastante do campeonato, mas vejo que pode crescer mais. Para mim, as vistorias dos estádios precisam ser mais minuciosas, como nos vestiários, alambrados, divisão de torcidas. Também acredito que poderia haver uma modernização em relação às súmulas, que deveriam ser online como em outros estados. A Federação demora muito para divulgar a súmula e não sabemos com precisão com quais jogadores podemos contar para as próximas partidas. A súmula online acaba com muita questão de irregularidade de atletas e dá mais crédito à competição. Ajuda também os clubes, a federação e o tribunal desportivo. Outra coisa interessante seria contar 22 atletas relacionados para a partida e não só 18.

EA: Para finalizar, como está o clima em Rio Brilhante? O senhor disse que a concentração será essencial para os jogos. A ansiedade por parte dos jogadores está alta? Como tem sido o papel da torcida?

Rodrigo: A ansiedade existe, né? É natural, até pelo tempo que clube não chega à uma final.   A torcida tem sido especial, comparece aos treinos com faixas e batuque. Isso motiva a gente e também nos dá mais responsabilidade. A cidade merece este momento.

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