Ciclismo | Da Redação/Com Campo Grande News | 27/07/2014 23h37

Capital fica em 4º em ranking de ciclovias

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Campo Grande (MS) - A cidade de Campo Grande foi eleita pela Revista Galileu como a quarta capital do Brasil que oferece mais vias em relação ao total da população. Mesmo com a boa qualificação, os ciclistas de Campo Grande ainda querem melhorias, mas, principalmente, respeito dos motoristas.

De acordo com a Galileu, Campo Grande somou 10,8 km para cada 100 mil habitantes. No primeiro lugar do ranking ficou Rio Branco (AC) com 16,7 km, em segundo Brasília (DF), 14,3 km, e Florianópolis (SC) com 12,6 km. As três primeiras capitais possuem 60, 400 e 57 quilômetros, respectivamente, de ciclovias.

A boa qualificação não convence os ciclistas, pelo contrário, os surpreendeu pela qualidade das vias. “Não merece, precisa melhorar muita coisa”, afirma o médico João Antônio Freire, 45 anos.

Ele usa a bicicleta como esporte. Três vezes na semana, pedala por duas horas até o Bairro Indubrasil. Como percorre todo os 90 km de ciclovias da Capital, João critica alguns pontos do local. “Tem que ter mais regularidade. Também há muitos buracos e precisa melhorar a sinalização da ciclovia”, aponta.

O gerente de uma revendedora de lingerie, Lincoln Martins, 24, também fica surpreso com a colocação de Campo Grande no ranking. Pra ele, há poucas ciclovias em Campo Grande e as que existem não são bem cuidadas, como o trecho da Avenida Cônsul Assaf Trad, que dá acesso ao Shopping Bosque dos Ipês.

Na Capital a bicicleta ultrapassou o patamar de transporte e virou esporte para muitos. Thiago Urias Lopes, 31, é proprietário de uma loja especializada e revela que a clientela aumentou com a criação da ciclovia da Avenida Afonso Pena, muitos utilizando para o lazer.

“Há muitos iniciantes na cidade, as vendas estão crescendo. Um entra no esporte, gosta e chama o outro”, conta. Mas, como os carros, a bicicleta também possui seu custo de manutenção. “Tem gente que gasta R$ 20,00 por semana, tem outros que vem remendar o pneu toda a semana, mas isso varia com a pessoa e como ela usa a bicicleta”.

O técnico de informática, Matheus Maciel Leite, 18, utiliza a bicicleta para ir ao trabalho e faculdade, percorrendo cerca de oito quilômetros por dia, mas o cansaço compensa pelos custos. “Eu pago cerca de R$ 40 por mês de manutenção, se eu fosse de carro gastaria uns R$ 200 somente de gasolina”, revela.

Para quem economizar na gasolina e ainda fazer um exercício físico, a bicicleta é a opção certa. Em Campo Grande, é necessário desembolsar de R$ 200 até R$ 3 mil, ou mais, em uma bicicleta, dependendo de como ela será utilizada.

“Se houver um local para guardar a bicicleta no serviço, um vestiário, além de uma extensão maior de ciclovia, é mais viável”, finaliza Thiago.

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