Copa do Mundo | Da Redação/Com GE MS | 01/07/2014 16h52

Gandula do MS fala de experiência à beira dos gramados da Copa

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Itaporã (MS) - Assistir a um jogo de Copa do Mundo na beira do gramado e ver de perto as grandes estrelas do futebol. Privilégio, mas também compromisso. É assim que os gandulas encaram o trabalho de repor bolas nos jogos do Mundial. Entre os centenas de jovens selecionados e aprovados pela Fifa, está a sul-mato-grossense Hellen Lorraine Rocha França, de 15 anos e que mora em Eldorado, no sul do estado. Ela trabalhou na abertura em São Paulo e em outras duas partidas da primeira fase em Curitiba: Irã e Nigéria, e Honduras e Equador.

A oportunidade de atuar no jogo inaugural, entre Brasil e Croácia, surgiu depois que o time de Hellen venceu um campeonato de futebol de campo promovido pela Coca-Cola. Ela defendeu um clube de Curitiba, onde morou no ano passado, e passou por adversárias nas fases regional e nacional. Como prêmio, toda a equipe feminina foi convidada a participar da abertura. Já o time dos meninos vai trabalhar na final do Mundial, em 13 de julho.

Embora seja grande a tentação de tietar algum jogador em campo, o gandula precisa seguir normas rigorosas e manter a discrição. Não é permitido, por exemplo, conversar com os atletas ou tirar fotos. Para estar capacitado ao trabalho, os jovens passam por dois dias de atividades práticas e teóricas. E em dia de jogo, encaram até concentração no hotel. Cada partida exige 14 gandulas, sendo três nas laterais e quatro atrás das metas.

"Nossa função é repor a bola no tempo certo. Precisamos ser imparciais, não dá para querer passar a bola mais rápido para o brasileiro. Encaramos que estamos ali trabalhando, entregando a bola e curtindo o momento", conta Hellen.

De volta ao convívio com a família e à rotina de estudos em Eldorado, Hellen sonha em seguir a carreira como jogadora de futebol. Enquanto se recupera de uma lesão no joelho para voltar a praticar, ela recorda com carinho da experiência única vivida na Copa do Mundo.

"Pude estar em um lugar muito privilegiado, que nem o mais rico poderia pagar. Foi incrível, e para chegar lá apenas joguei futebol, que é o que mais gosto de fazer", finalizou a jovem.

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