Diversos | Da Redação | 21/12/2005 16h27

Enquanto ABC reestrutura, envolvidos buscam novas parcerias

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Site oficial do ABC/CBA diz as palavras “Em Reestruturação”, sem ao menos dar sequer uma satisfação. Para melhor visualização entre no link: http://www.colegioabc.com.br/esportes.asp Site oficial do ABC/CBA diz as palavras “Em Reestruturação”, sem ao menos dar sequer uma satisfação. Para melhor visualização entre no link: http://www.colegioabc.com.br/esportes.asp (Foto: Esporte Ágil)

A recente exclusão de vários esportes da grade esportiva do Colégio ABC/CBA ainda não foi bem digerida por três dos principais envolvidos nesta situação: os professores, os atletas e seus pais.

A reclamação destes é que não houveram ao menos conversas preliminares, nada. "Crianças ao saber da situação choraram no dia", disse o pai de uma ex-aluna, relatando sobre quando foi informado da chamada "reestruturação da parte pedagógica" pela direção do colégio.

A única modalidade sobrevivente desta surpeendente parada foi o futsal masculino com suas categorias de base, que segundo a direção, "continua no próximo ano por ser auto-suficiente, já que possui patrocínio de uma empresa privada".

Vários alunos eram beneficitários de projetos sociais, em que professores peneiravam crianças e adolescentes da periferia e os levavam para estudar e praticar esportes no colégio. "Fiquei surpreso. Agora resta procurar outras parcerias para dar continuidade ao nosso trabalho", havia dito Alessandro Nascimento, ex-professor de judô do ABC/CBA quando indagado sobre a situação.

Agora, graças a seus esforços, mais de 60 judocas se trasferiram junto a ele para o Colégio Sealp. "Defenderei com unhas e dentes as cores desse mais novo colégio. Firmamos uma parceria que será muito boa para ambas as partes. Faziamos um trabalho de nível nacional e até mesmo internacional no antigo colégio e isso acontecerá dentro do Sealp, com os mesmos atletas e a mesma comissão técnica", finalizou o mais novo professor de judô do colégio.

A pergunta que fica no ar é por qual razão não foram procurados patrocínios para as outras modalidades, ou ao menos terem avisado aos pais, que poderiam ter condições de buscar outra solução para o caso?

Muitos dos trabalhos realizados já tinham mais de quatro anos de duração e foram simplesmente desmantelados, como aconteceu com o futsal feminino, vice-campeão dos últimos Jogos Escolares Brasileiros (Jebs), que teve suas atletas transferidas para outros centros educativos da Capital.

Outro professor, que não quis se identificar, questionado sobre a situação simplesmente disse "é uma causa perdida". Seria buscar a alegria de receber educação e praticar um esporte uma causa perdida?

Em momentos como estes sempre surgem boatos, como neste caso os de uma parceria com uma igreja evangélica ou a de um banco privado. Mas como nada foi comprovado deve-se entender que o homem vive sim é de fatos, e o fato é que o esporte estadual está, felizmente, superarando este momento.

Com os esforços realizados pela união de professores, pais e atletas está sendo possível dar continuidade aos trabalhos e garantir as formaçôes educacionais e esportivas de todos os que tiverem suas modalidades excluídas.

Resta agora apoiar de todas as maneiras para que todos os envolvidos neste imbróglio consigam uma nova chance. Para isto o site Esporte Ágil se oferece como um canal para professores, pais, alunos e ex-alunos que queiram reclamar, pedir ou agradecer, mostrar sua indignação, tal como nós a fizemos.

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