Editorial | Da redação | 09/07/2010 11h37

Enquanto Copa atrai atenções, esporte local segue a todo vapor

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Editorial

O Brasil realmente é um país diferente dos outros. Não é por causa do nosso clima, nem por culpa de nossa vegetação ou do relevo. Ele é único por causa de nosso povo. O problema é que só vemos isso, de quatro em quatro anos. Quem dera tivéssemos mais momentos como este, de união e torcida, mas com outros focos.

Vamos imaginar isto acontecendo no âmbito esportivo sul-mato-grossense. Visualize você jogando com o estádio Morenão lotado? Ou participando de um festival de lutas com o ginásio Guanandizão cheio? Não seria diferente? O atleta com certeza treinaria com mais garra, buscando cada vez mais excelência no que faz.

Os patrocínios viriam que nem água, já que a marca da empresa estaria em evidência para muita gente. As crianças, vendo ídolos em solo local, trocariam os jogos de computadores e as ruas por bolas e quadras.  Isso, além de formar possíveis campeões no esporte, reduziria consideravelmente o número de crianças acima do peso.

O poder público, vendo isso, finalmente investiria em estrutura - coisa que já deveria estar fazendo. Os colégios e universidades passariam a dar mais valor ao esporte, começando na base e continuando esse trabalho na faculdade, e consequentemente, isso  aumentaria a qualidade de vida da população, que cada vez mais apaixonada por esporte largaria o sedentarismo.

Com isso, nossos lotados postos de saúde teriam uma significativa diminuição de pacientes, já que problemas relacionados à doenças respiratórias e outras seriam combatidas no dia-a-dia com o esporte. O poder público deixaria de gastar milhões por ano investindo em saúde, algo que poderia muito bem ser evitado.

Nossa educação melhoraria, já que o desporto ensina aos jovens valores como respeito e convivência em grupo, contribuindo na questão de disciplina nas escolas. A evasão escolar diminuiria e, consequentemente, as notas dos alunos aumentariam.

Ao invés de apenas criticar o que está sendo feito hoje, porque nós - como torcedores - não fazemos algo a respeito? Gosta de futebol? Vá ao Morenão. Adora tênis? Vá ao Rádio Clube. Gosta de correr? Corra! Gosta de ciclismo? Pegue uma bicicleta e pedale. Não é difícil. Dê seu apoio! Nós podemos começar essa mudança já!

O engraçado - ou não - é que enquanto tudo isso poderia estar acontecendo, nós ficamos sentados na frente da televisão, esperando a próxima Copa do Mundo. Nosso esporte não parou em junho. Prova disso é a edição de número 51 do jornal Esporte Ágil.

No momento em que as seleções da Alemanha e da Inglaterra duelavam por uma vaga nas oitavas-de-final da Copa, em Bloemfontein, na África do Sul, as equipes Neon, Funlec, Ággil e América jogavam por duas vagas nas finais do Campeonato Estadual Adulto da Liga Pró Basquetebol, no ginásio do Sesc Camillo Boni, em Campo Grande.

Nós, do Esporte Ágil, estávamos trabalhando, dando nossa contribuição para o esporte sul-mato-grossense. E você leitor, o que estava fazendo?

O Esporte Ágil vai sempre bater nesta tecla. Não devemos exigir que o poder público "banque" o esporte. Deve haver uma mudança de mentalidade nas pessoas. Todos nós devemos valorizar os nosso esportistas, lotando estádios e ginásios, torcendo, incentivando. Só assim eles serão vistos por patrocinadores. Porque se depender somente dos nossos governantes...

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