Futebol | Da Redação | 22/04/2024 13h28

Operário supera dificuldades extracampo para vencer seu 13º Estadual

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Mais do que vencer os adversários dentro de campo para garantir o título do sul-mato-grossense, o Operário Futebol Clube teve que passar por uma série de desafios também fora dele. Orçamento apertado, dívidas trabalhistas e falta de estrutura foram alguns dos obstáculos que o Galo teve que superar para garantir seu 13º Estadual, confirmado neste domingo (21) após vitória por 3 a 1 sobre o Dourados Atlético Clube.

“O elenco que trouxemos, bem reduzido, dentro da nossa realidade financeira, trouxe resultados muito satisfatórios”, comemorou o presidente do clube, Nelson Antônio da Silva, em entrevista ao Esporte Ágil.

O Operário chegou com autoridade à decisão do torneio. Na primeira fase, foram seis vitórias e dois empates. O Galo perdeu a invencibilidade somente no segundo jogo das quartas de final, ao ser derrotado pelo Ivinhema, mas ainda levou a classificação nos pênaltis. Na semifinal despachou a Portuguesa com vitória de 3 a 2 e empate sem gols.

No primeiro jogo da decisão, em Dourados, novo revés, agora por 1 a 0. Porém, o resultado deste domingo, além de garantir o título, deu a vaga da Série D do Campeonato Brasileiro e da Copa Verde de 2025 ao time. Além disso, os dois finalistas irão disputar a Copa do Brasil.

Dificuldades - Segundo o presidente do Operário, a principal dificuldade enfrentada pelo time neste primeiro semestre foi a falta de estrutura, como um local adequado de treinamento. Além disso, as dívidas trabalhistas e débitos com a Receita Federal também prejudicaram as finanças do clube.

“Ao longo de 2023, graças à possibilidade de passarmos uma fase na Copa do Brasil, praticamente zeramos as dívidas trabalhistas, e ficaram as da Receita, que lutamos para manter em dia e termos nossas certidões, para termos patrocínios junto à órgãos governamentais”, disse Nelson.

O orçamento total deste ano, ainda conforme o presidente, é de cerca de R$ 600 mil em patrocínios, além de outros R$ 200 mil graças à classificação na última Copa do Brasil que disputou.

“A receita deste ano é ínfima. E esse foi o dinheiro que o Operário teve para montar equipe, e o dinheiro da Copa do Brasil, mas praticamente foi diluído em pagamento de despesas do ano passado para cá, do inicio da temporada, e também premiação dos jogadores que conquistaram essa vaga esse ano”, explicou.

“Esse orçamento de R$ 800 mil é para pagar tudo. Não é só folha de pagamento, temos alimentação, medicação, folha de pagamento de grupo de apoio, funcionários de cozinha, adminsitrativos, fisioterapeutas, entre outras despesas ordinárias que elevam bastante a folha do clube”, numerou.

A título de comparação, o presidente do Operário cita como exemplo a disputa da Série D do ano passado, em que o Galo disptou contra equipes mais estruturadas e com orçamento maior.

“Pra gente poder voltar a fazer um bom trabalho no campeonato, como na Série D, precisamos ter no mínimo 8 ou 10 milhões para a disputa do campeonato em si. É um orçamento básico de qualquer equipe que chega para subir para a Série C. Não tem como fazer milagre com 500 ou 600 mil reais. Isso não existe. Você vai entrar apenas para participar”, finalizou.

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