Com duas mortes na conta nos últimos 60 dias, o Autódromo Internacional de Campo Grande vai ganhar ainda mais visibilidade no final do mês: é por lá que acontece, entre os dias 28 e 30 de junho, a 4ª etapa da Fórmula Truck.

A chegada da principal categoria de corrida de caminhões do Brasil coincide com um momento tenebroso por que passa o autódromo: nos últimos 60 dias, duas pessoas morreram em eventos que aconteciam no espaço, localizado na saída de Campo Grande para Três Lagoas.

Sem fiscalização e com o local praticamente abandonado, eventos clandestinos tomam conta do autódromo. O resultado é trágico: no final de março, Augusto Henrique Soares Pereira, de 19 anos, morreu após colidir uma moto em um guard rail. Já no domingo (2), Nicholas Yann Santos de Jesus, de 20 anos, morreu após ser atingido por outro piloto que empinava e realizava manobras perigosas.

Enquanto isso, briga judicial se arrasta na Justiça pela posse do local e ninguém se responsabiliza pelos eventos realizados no espaço. Segundo a Prefeitura, desde 2019, por força de decisão judicial, o Autódromo é particular.

Após o ocorrido no último fim de semana, o Autódromo Internacional de Campo Grande teve o certificado para eventos cassado. Além disso, após fiscalização do Corpo de Bombeiros nesta segunda-feira (03), seis irregularidades foram encontradas: falta de manutenção no sistema de alarme e no sustentável de bomba de incêndio. Além de falta de iluminação e sinalização de emergência, conforme o projeto apresentado à corporação.

O local também não tinha atestado de Responsabilidade Técnica de conformidade das instalações elétricas e com laudos dos vasos de pressão, bem como atestado de brigada de incêndio, segundo noticiou o Campo Grande News.