Jiu-Jitsu | Lucas Castro | 16/08/2019 17h13

Adilson Higa apresenta seminário de jiu-jitsu em Ponta Grossa-PR

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O sensei de jiu-jitsu de Mato Grosso do Sul, Adilson Higa Dorval, de 47 anos, ministra o seminário “Jiu-Jitsu Experience” em Ponta Grossa, no Paraná, nesta sexta-feira (16). A palestra será na academia Skull Fighter, a partir das 19 horas (horário local) e é aberta a todos os atletas e equipes da cidade e região.

Adislon Higa é faixa-preta 4º grau no jiu-jitsu e 5º grau em judô. O sensei, que também atua nos tatames Brasil afora, gerencia uma academia em Campo Grande que leva seu nome, a Escola Higa Jiu-Jitsu e Judô Clube.

De acordo com Higa, o tema abordado no seminário será autodefesa, fundamentos técnicos do jiu-jitsu, além de situações de violência urbana e técnicas de competição relacionadas à modalidade.

Aos presentes, o sensei destaca que fará uma breve apresentação de sua história no universo das artes marciais. “Contarei um pouco da minha trajetória, formação e experiências, como vou trabalhar as técnicas e conceitos ao longo da apresentação”.

“A ideia é sempre contribuir de forma positiva nas pessoas, seja com a técnica, a filosofia ou o exemplo de vida. Procuro trazer novidades técnicas que possam ajudar a melhorar a técnica e desenvolvimento destes alunos, para fazer a diferença nos treinos e jogos”, acrescenta.

Higa tem vivência como professor e estudioso das técnicas de autodefesa, além da experiência adquirida em treinamentos junto a grupos militares e civis. “Espero poder passar um módulo básico de autodefesa urbana, com situações comuns que acontecem para preparar esses alunos a se protegerem e terem a reação correta ao enfrentarem uma situação de violência”.

Para isso, o seminário será dividido em cinco etapas: conceitos, fundamento técnico, aplicação da técnica, projeções e imobilizações e neutralização do agressor.

Perda da essência

O sensei afirma que o jiu-jitsu tradicional, enquanto arte marcial, perdeu muito de sua essência, filosofia e eficiência, devido às adaptações das técnicas para as competições. “Mudou-se o treinamento, abordagem e a psicologia. Tentamos manter as tradições, condutas e eficiência do jiu-jitsu tradicional como arte marcial, levando esse seminário ao maior número de pessoas no Brasil e fora. Lembro que o que baseia a conduta do praticante de jiu-jitsu está diretamente ligado às tradições das artes marciais japonesas como Honra, Lealdade, Hombridade e Senso de Justiça”.

Persistência

O sul-mato-grossense é amputado do braço esquerdo, após sofrer um acidente de moto em setembro de 2009. Na ocasião, foi atropelado por um caminhão.

Mesmo paratleta, Higa, além de treinador, compete nos eventos da Federação Internacional e Confederação Brasileira na categoria convencional. Ele disputa de igual para igual com os demais atletas.

O paratleta morou oito anos no Japão, onde treinou no Instituto Kodokan e foi graduado na faixa preta de judô. Após retornar ao Brasil, rodou por várias cidades, por causa do trabalho.

Ele conta que trabalhou em uma fábrica de biscoitos como supervisor de vendas e depois em uma transportadora de grãos, até sofrer o acidente há 10 anos. “Foram 18 meses de recuperação e daí tive de tomar uma decisão sobre minha vida profissional. Foi então que decidi montar o Centro de Treinamento (CT) e dar aulas de jiu-jitsu e judô”.

“Fui aluno de grandes professores por conta de morar em cidades diferentes. Tive como professores Dedé Pederneiras quando morei no Japão, na faixa azul e roxa. Depois, Ricardo De La Riva, na faixa marrom e preta. Por último, na faixa preta, tive a honra de ser aluno do grande mestre faixa vermelha 9° grau Flávio Behring, que foi aluno de Hélio Gracie”, completa Higa.

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