Laço | Da redação | 02/03/2016 11h18

Eventos de Laço Comprido movimentam o turismo interno

Compartilhe:

Mato Grosso do Sul tem sua economia baseada principalmente na pecuária e agricultura. Além da economia tradicional, o campo vem se tornando palco de novas atividades, como o turismo rural e eventos ligados neste meio, como o Laço Comprido que tem ganhado espaço no Estado. Por se tratar de um evento com características próprias possui público fidelizado, conforme revela pesquisa realizada pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), durante a 23ª edição da Copa do Laço, na cidade de Dourados. A sondagem aconteceu no dia 6 de dezembro de 2015.

Com cerca de 25 eventos por ano o laço comprido é um importante propulsor do turismo interno, já que acontece o ano inteiro em várias regiões do estado e atrai entre 6 a 8 mil pessoas por evento. A pesquisa mostra que 82% já participaram de três ou mais edições, 6% duas vezes e 12% pela primeira vez; notadamente, um público fiel.

O evento esportivo reúne famílias e cavaleiros profissionais, preserva a tradição e a cultura do campo, movimenta a economia das cidades do interior e atrai visitantes em busca da vivência, através das atividades ligadas ao ambiente rural. A realização das festas de laço segue o calendário da Federação dos Clubes de Laço de Mato Grosso do Sul que reúne hoje quarenta e dois clubes filiados e cerca de quinze mil associados.

Conforme o presidente da Federação de Clube de Laço de Mato Grosso do Sul, Elvio Garcez, o evento une milhares de pessoas e mantêm viva a tradição do laço comprido, não só em Mato Grosso Sul, como em todo país. “Promove a nossa cultura, por meio deste esporte, preservando as suas formas originais, não permitindo importações de usos e costumes estrangeiros que possam desvirtuar nossas tradições”, destaca.

Dos entrevistados 98% são de Mato Grosso do Sul, o restante está dividido entre o Paraná e Mato Grosso. Dentre as regiões do estado, 65,22% vieram de municípios situados no entorno de Dourados, região da Grande Dourados, Sudoeste e Sul Fronteira, e 34,78% de municípios como Ribas do Rio Pardo, São Gabriel do Oeste, Camapuã e Bandeirantes, municípios sedes dessa modalidade de evento.

Pela característica própria do segmento, os maiores dias permanência é de cinco dias (92%), já com duração de quatro dias estão 54%. A maioria dos entrevistados (88%) disse que utiliza o carro próprio como meio de transporte.

Confirmando a importância do evento para o setor econômico do município, 97% respondeu que ocupa seu tempo livre no destino fazendo compras no comércio local, observando que no questionário foram oferecidas outras opções de lazer além de compras como vida noturna, gastronomia local, passeios turísticos e visitação aos parques.

Quanto ao tipo de participação, 100% tinha algum tipo de envolvimento com o evento, sendo que 39% dos participantes eram competidores, 35% somente participantes, 10% expositor, 05% eram da equipe técnica/staff, 02% eram da organização e 09% disseram que estavam lá como comerciantes.

A pesquisa mostra ainda que o evento atendeu as expectativas de 55% dos entrevistados e 30% disseram que o evento superou a expectativa.

Para o diretor-presidente da Fundtur-MS, Nelson Cintra, o laço comprido é uma importante modalidade que envolve não só a cultura e o esporte, mas também o turismo. Percebe-se pela procedência dos entrevistados que o evento se desenvolve de uma forma regionalizada atraindo público da região e regiões circunvizinhas e de municípios onde também acontece esse tipo de evento.

Considerada modalidade esportiva, a atividade atrai pessoas de todo estado, não só para competir, mas para apreciar as competições e a cultura local. “O evento movimenta o comércio, a hotelaria e consequentemente gera emprego e renda. São eventos como este que o Governo do Estado tem apoiado, para que em conjunto possamos alcançar resultados positivos não só para o turismo, mas para a sociedade”, salienta Cintra.

VEJA MAIS
Compartilhe:

PARCEIROS