Política | Da redação | 04/05/2017 09h37

Terra relata dívidas de R$ 300 mil e cenário de caos ao assumir Funesp

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Dívidas de R$ 300 mil com fornecedores, parques e praças em péssimo estado de conservação, e até mesmo contas de água atrasadas. O cenário de caos administrativo foi descrito pelo atual diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), Rodrigo Terra, em entrevista ao Esporte Ágil. Segundo ele, apesar da desorganização deixada, 2017 “não vai ser um ano perdido”.

“Estamos equacionando isso, pagando algumas contas, mas não podemos comentar o passado. Todas as nossas ações, hoje, sem exceção, são para plantar um futuro diferente na área do esporte”, garantiu.

Terra falou ao Esporte Ágil para divulgar a audiência pública que será o pontapé inicial para criação do Sistema Municipal de Esporte e Lazer. O debate acontece na próxima segunda-feira (08), a partir das 8h, na Câmara Municipal de Campo Grande.

Entre outros assuntos, fez um balanço sobre os mais de 100 dias da nova administração municipal e os planos para os próximos meses. “Com essa situação financeira, a crise, temos algumas restrições orçamentárias, mas já conseguimos apontar a direção da Funesp”, conta.

Ele lembra que o primeiro passo foi mapear os espaços que ficariam sob responsabilidade da Fundação -atualmente, são 11. O Parque Ayrton Senna, por exemplo, estava em situação precária.

“Alguns estavam em situação absolutamente precária. O Ayrton Senna, hoje, você vai ver que não é um ano perdido para nós. Em dezembro, era absolutamente abandonado: sem iluminação, mato alto, sem pintura, sem motivação, sem professor, sem a população, sem vida. Hoje, temos 100 horas de atividades semanais lá, com futebol, beach tennis e outras modalidades. Já temos 662 pessoas matriculadas. Somando aos outros parques, pretendemos atender 25 mil pessoas com atividades físicas em Campo Grande”, calcula.

Atribuições - Terra acredita que a implantação do Sistema Municipal de Esporte e Lazer possa ser o início de uma ampla revolução no desporto campo-grandense. O projeto, garante, deve também definir as competências do município para investir no esporte.

“Hoje, o Brasil não define competência do município, do estado e da união. O que acontece? As famosas áreas de sombreamento. O governo municipal faz uma ação, o estado vem e faz a mesma ação, e o governo federal, mais uma vez, repete a ação. Não tem uma definição clara das competências e finalidades de cada um dos entes da federação”, analisa.

“Todos os dias, clubes me procuram pedindo apoio para que uma equipe represente o Estado em uma competição nacional. Digo com todo cuidado: mas se é uma equipe que representa o Estado, não seria papel do Governo do Estado apoiar? Não seria papel da Prefeitura apoiar atletas que representam Campo Grande? Esse é um indicativo claro de que não temos uma definição de competências. Esse é mais um desafio que a criação do Sistema vai propor”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra:


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