Atletismo | Divulgação | 28/12/2005 11h59

Polícia Militar infiltra batalhão na Corrida de São Silvestre

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A PM terá um batalhão especial \"infiltrado\" em meio aos corredores da próxima São Silvestre. Os policiais amantes das corridas, que normalmente já participavam da prova \"à paisana\" e dispersados, neste ano irão ostentar uniforme especial, com o logo da instituição, e largarão juntos. O dever, no entanto, continuará em primeiro lugar.

A iniciativa de identificar os policiais é uma homenagem dos organizadores da prova à instituição. Desde que a mais tradicional corrida de rua do país começou a ser disputada, em 1924, a PM é parceira daqueles que a realizam.

Mas, tanto a organização quanto os próprios policiais acreditam que a presença deles possa ajudar a coibir tentativas de atrapalhar a festa do último dia do ano.

Além disso, os PMs esperam se tornar uma referência mais próxima de socorro para pessoas que passem mal ou sofram acidentes.

Pelas ruas de São Paulo serão espalhados 2.850 policiais para cuidar da competição e dos preparativos para a festa do Réveillon. No ano passado, foram 3.000.

\"Temos de sacrificar nossa corrida. Quem quer fazer algo errado só de ver alguém com o logo da PM já vai ficar com receio. Vamos representar a PM e contribuir de alguma forma. Eles estarão prontos para entrar em ação se houver necessidade\", declarou o Major Sandro Afonso do Rêgo, responsável pelo grupo de corredores, que deve somar cerca de 160 representantes no dia 31.

Segundo os organizadores, a São Silvestre atravessou os últimos três anos sem incidentes graves. A maior preocupação não é com as invasões e sim com problemas cardíacos e AVC (acidente vascular cerebral) dos corredores.

Para preservar a ordem da prova, a largada dos policiais também será comprometida. Eles saem após o pelotão da \"elite B\", logo à frente dos milhares de amadores. O PM que não tiver como melhor marca nos 15 km até 1h10min, no entanto, vai largar fora da elite.

\"Vamos dar um tiro de 400 m para não criar um \'paredão\' para o pessoal que vem atrás. Não vamos prejudicar a organização da corrida\", contou Rêgo, 47, que há cinco anos disputa a São Silvestre. Seu melhor tempo é 1h03min.

\"Somos na maioria atletas medianos, não temos aspiração de ganhar a corrida. Mas vamos tentar fazer o melhor papel possível\". A chance de ter um desempenho marcante perdeu força na semana passada.

O corredor Israel dos Anjos, que fazia parte do grupo e era candidato ao pódio na São Silvestre, aumentou a lista de casos do atletismo neste ano e foi suspenso por testar positivo em antidoping.

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