Bate-bola: Clarissa Santana Viera Almeida
Clarissa Santana
Com 21 anos de idade, a carioca Clarissa Santana, atleta desde os 6 anos de idade, está em Campo Grande há 2 anos. Ela treina a equipe do Centro de Treinamento de Ginástica da Fundação Municipal de Esportes - Funesp. Em agosto passado, uma das atletas por ela treinada, Larissa Ferreira, conquistou um terceiro lugar no Brasileiro Infanto-juvenil, disputado em Blumenau (SC), atrás somente de ginastas das equipes tradicionais do União e Flamengo.
Quando competia, Clarissa era atleta de trampolim (saltos em cama elástica). Foi vice-campeã brasileira em 1998, mesmo ano em que participou do mundial na Austrália. Em 2005, formou-se no Rio em educação física e hoje traz suas experiências em prol do esporte sul-mato-grossense.
Esporte Ágil - Como é ser treinadora em Mato Grosso do Sul?
Clarissa Santana - É bom. Nossa equipe tem potencial. As dificuldades são grandes. Praticar ginástica aqui é uma superação. Não temos dinheiro para viagens, por exemplo. A Prefeitura ajuda, claro, mas, algumas vezes, até fazemos um evento de arroz carreteiro para poder conseguir mais recursos.
Esporte Ágil - E como estão as condições para a prática deste esporte aqui no Estado?
Clarissa Santana - Falta também uma aparelhagem mais específica. Mesmo assim, a ginástica em Mato Grosso do Sul vem crescendo. O resultado da Larissa é um exemplo disto.
Esporte Ágil - Como está a equipe da Capital, também treinada por você?
Clarissa Santana - O treino de alto rendimento é feito com vinte atletas que treinam de segunda a sábado, quatro horas e meia por dia. Recebem uma ajuda com passe de ônibus.
Os resultados já estão vindo. Pela primeira vez, Campo Grande receberá um Brasileiro, será a categoria infanto-juvenil. Isso mostra que nós estamos começando a despontar nacionalmente.
Esporte Ágil - No que você acredita que a ginástica pode auxiliar na formação pessoal dos componentes da equipe e dos freqüentadores do Centro de Treinamento?
Clarissa Santana - Na socialização delas. De todas elas. As que vão competir, têm oportunidade de conhecer outros locais, outras culturas que não teriam condições de, sem estar no esporte, conhecer. Cada vez que vão competir, sempre sobra um tempinho de conhecer o lugar, a cidade onde estão.
Esporte Ágil - Como o esporte influenciou na sua formação como pessoa?
Clarissa Santana - Eu era muito agitada. O esporte, a ginástica, me deixou mais centrada. É nisso que eu digo também da questão da socialização. O esporte ajuda em muito nisto. Na socialização e na concentração.
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